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17 dezembro 2007

Tear de um tempo quimeras mil vezes mais longo que o tempo em si - ou - Encanto e desapego

I (ou Primavera)
Ah! O doce canto da paixão me seduziu de novo
O encanto se fez ilusão e alimentou o gozo
A víbora esperança
Com seu sórdido veneno
Me cegou e me tornou débil
Fez-me cogitar possibilidade
Fantasiar realidade
Refém do inexato
Louco, louco eu fui
Mas um sopro de sanidade
Limpou meus pés
Me trouxe ao chão
Abriu meus olhos
Senti frio outra vez
É aí que o tempo se consome em cinzas e eu dou adeus à madrugada

II (ou Verão)
Neste exato momento
Em que perco a noção do que sou
O não-ser se torna tão atraente
E me cativa
Com seus olhos profundos
De inocência áspera e delicada
Que já não me importo mais
Com restrições temporais
Ou deveres gerais
Só quero não-ser
Seja o que for
Esteja onde estiver
Só quero sentir

Deixe-me não-ser o que eu quiser ser
Como eu quiser ser
Sem labirintos sentimentais
Sem chuva vespertina em dia ruim
Só o cheiro do mar
O calor do Sol
E os pés descalços na areia

o/

3 Comments:

Blogger Aline Sampin said...

Este comentário foi removido pelo autor.

9:44 PM  
Blogger Aline Sampin said...

Adorei o Blog! Quem escreve, vc ou os colaboradores?
Esse poema parece comigo. Rolou uma identificação. Se essa não era a intenção, sinto muitíssimo.rs.
bjos.

9:45 PM  
Blogger Adir Jr. said...

Obrigado! =]
Quem escreve aqui são os três colaboradores.
Esse poema, por acaso, fui eu quem escreveu.
Fico muito feliz que tenha se identificado com ele.
É assim que funciona mesmo: o autor é um mero mensageiro que entrega o poema a cada leitor em particular.
bjuzzz
o/

12:57 AM  

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