Ágora do Rio

Nome:
Local: Niterói, RJ, Brazil

23 julho 2007

A história sempre se repete

Ao se deparar com o caos aéreo em curso no Brasil, Alberto Santos Dumont entraria em profunda depressão e acabaria se suicidando por não suportar a dor de ver sua obra-prima sendo usada pra criar tanta angústia, ódio, sofrimento com tanto desrespeito e humilhação por parte dos que estão no poder...

O tic-tac da bomba-relógio bate cada vez mais depressa...

Paciência é uma virtude que tem limite...

Palhaço também se aposenta.
o/

16 julho 2007

Errata

Preciso corrigir um pequeno deslize que cometi. No texto anterior afirmei que "parado, eu só mudo a direção da sombra", o que, ao analisar melhor posteriormente, pareceu-me ser uma frase um tanto quanto estranha. Na verdade, quem muda a direção da sombra não sou eu e sim o Sol, eu só sirvo como obstáculo no caminho dos raios de luz.
Reescrevendo:
"Parado, eu sou apenas um obstáculo."

Mas...
Talvez não. Talvez a frase anterior esteja mais correta.

Ou talvez ambas expressem a mesma verdade.

Ou talvez...não haja verdade alguma aí...

Talvez...

Que seja...

De qualquer maneira...
...eu continuo parado.

o/

09 julho 2007

Esperando

E, enquanto o sono não vem, eu vou deixando as palavras caírem por aqui.
E elas que se virem pra se fazerem coesas. Elas que tomem por si sós o rumo de um possível sentido que queiram passar.
Tanto e tanto acontecendo ao redor e eu não consigo sequer domar meia dúzia de palavras pra me expressar como gostaria de me fazer sentir.
O senado sangra. A empregada sangra. O distraído sente uma dor repentina, mais uma bala perdida; o distraído sangra. O Rio sangra. A África, o Oriente Médio, a Europa,...tudo sangra! O planeta se aquece e aos poucos também sangra.
E eu? E quanto a mim?? Eu que assisto a tudo isso sem esboçar um mísero indício de movimento. Eu que não me faço ouvir, não me faço ver. Eu que diversas vezes não me faço sequer ser. Talvez, seja eu quem mais sangra.
Aqui jaz a realidade. Mais um idealista hipócrita que sonha com a mudança, mas não consegue mudar seu próprio estado de repouso retardatório e indiferente.
Parado, eu só mudo a direção da sombra.
Mas, há de chegar, tenho fé, o dia em que minhas pernas não mais agüentarão a dor de por tanto tempo terem de ficar firmes suportando o peso inútil de minha inércia. Há de chegar o dia em que a revolução será estritamente necessária.
E, enquanto a mudança não vem, eu vou deixando as palavras caírem por aqui.
o/