Ágora do Rio

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Local: Niterói, RJ, Brazil

24 novembro 2007

Viva La Revolución!

Não tenho a menor intenção de sucumbir aos ditames sociais. É o que penso, o que sinto e o que exponho que me faz sentir vivo.
Resistirei até o fim, mesmo que ele nunca chegue. É impossível permanecer na calamidade que presenciamos. Falta de respeito. Egoísmo. Lixo!
O quanto ainda agüentaremos neste monte de merda?! Como reagiremos? Apáticos, nós permanecemos numa relativa eternidade.
O mudar é necessário! É humano, natural. Quanto ainda tem de ser explicado para a tomada de qualquer providência? Cansei! Agora basta! E se não basta: problema! Mudamos mesmo assim.
Uma Revolução silenciosa, honesta e profunda. A revolução da eqüidade. A revolução de um homem só. Ou de muitos, quem sabe?
Talvez eu seja apenas um sonhador. Mas que mal há nisso? Pelo menos isto ainda não me tiraram. E nem irão! Me recuso a permitir.
-Me recuso a ceder.
-A quê?!
-A tudo. Ser do contra é melhor do que ser a favor. Nos permite divergir, pensar, agir. Quero insurgir, sabotar, transformar (mesmo que só a mim).
Quero ser! Quero poder ser. Escolher ser. E esta, sem dúvida, é minha dádiva.
LUKE (ainda atordoado pelo filme "Batismo de Sangue")

14 novembro 2007

Quando o tempo se foi

Aos poucos o tempo foi se tornando ralo, escasso, até enfim, sumir. Não havia mais passado, presente ou futuro. Não havia mais horas, minutos, segundos. Não havia mais atrasos - não havia por que bolar desculpas quaisquer. Não havia mais infância ou velhice. Não havia mais rugas. Não havia mais pellings e botoxis. Não havia mais bisturis por vaidade. Não havia mais idade avançada demais para nada. Não havia durmi demais. Não havia perdi a hora. Não havia já é tarde, meu filho. Não havia tarde demais! Não havia ainda é cedo. Não havia demora pra começar. Não havia hora pra acabar. Não havia pressa. Não havia estresse. Não havia curto prazo ou longo prazo. Não havia devagar ou apressado. Não havia retrô. Não havia moderninho. Não havia vidência. Não havia previsão. Não havia quando. Não havia sempre. Não havia nunca. Só havia aquele indefinido não-tempo. E agora? Não, agora também não havia. Havia o ser e o estar. Ser por ser e estar por estar, nada de relatividade. Nada era relativo. Tudo era absoluto. Mas, do mesmo modo que aos poucos se tornou ralo, escasso e sumiu, o tempo, vagarosamente, foi tomando de volta sua forma temporal. Agora, sim agora!, tudo voltou a ser e estar relativamente como antes. Todas as pequenas nuances do tempo retornaram a seus devidos lugares. A vida foi novamente dividida. Temporalmente restrita. Tudo igual outra vez e ninguém percebeu que houve um não-tempo em que tempo não houve.

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